Olá pessoas....
Resolvi postar parte do meu projeto de monografia da minha pós. Como vocês já sabem, eu amo televisão e abordei o tema: A estética na televisão Brasileira. Trabalho que me rendeu nota 10. Uhu!!
Com vocês, um trecho do meu bebê (risos).
"Nos dias atuais, a televisão aberta no Brasil, de um modo geral, tem veiculado e explorado a beleza. Em todos os programas há matérias, quadros que falam sobre o assunto. Esse “padrão” começa por aqueles que aparecem na programação. Mas até que ponto isso influência os telespectadores?
Os programas de entretenimento, em sua maioria, são apresentados por belas mulheres que saíram do mundo da moda. Todas com o corpo modelado, magras, cabelos lisos, bela dicção, com a pele que é de dar inveja a qualquer mortal. São perfeitas, sem nenhum “defeito”.
As propagandas também contam com esse estereótipo. Pessoas atraentes, quase sempre brancas e que despertam o interesse muitas vezes em quem está figurando a peça publicitária, do que o próprio produto. Com toda essa exposição do belo, as telespectadoras acabam por desejar manter maior identidade com este “dito” padrão de beleza, mesmo que sua realidade não permita.
Estudiosos afirmam que a televisão influencia alguns aspectos da personalidade que nunca foram imaginados. Até mesmo o padrão estético odontológico, que raramente é associado aos padrões difundidos pela mídia, pode ser percebido pelo espectador. O Mestrando Christiano Amorim, ao questionar a população sobre o sorriso que é considerado esteticamente perfeito, percebeu que havia muitas semelhanças entre as respostas. Grande parte dos entrevistados respondeu que atores e atrizes das telenovelas eram os portadores dos mais belos sorrisos.
Outra tendência citada acima é a da exclusão de negros na televisão. Aproximadamente 50% da população brasileira é composta por afros-descendentes, mas quando assistimos a TV, defrontamos com um padrão esteticamente branco.
A principal emissora do País, Rede Globo de Televisão, é uma onde verificamos apenas três exemplos de inserção de jornalistas negros, são eles: Heraldo Pereira, primeiro negro a falar em rede nacional à frente de um telejornal brasileiro no final da década de 90; Zileide Silva e Glória Maria, esta última, foi apresentadora do programa dominical Fantástico por alguns anos.
Outra coisa notória nos telejornais são os formatos de rosto, cabelo... Vemos que as jornalistas, em sua maioria, têm o cabelo escuro e curto, além de serem muito magras, com o rosto fino e muito brancas.
O presidente da Associação Brasileira de Cineastas (ABRACI), Joel Zito, diz que o surgimento e expansão do rádio no final dos anos 20, do cinema de massa na década de 30 e, da televisão, que se tornou massiva nos anos 60, ajudaram a construir nossas identidades de nação e reconstruir nossas identidades culturais.
Em pouco tempo ela tomou conta dos lares brasileiros, e hoje, fala-se da existência de 60 milhões de aparelhos distribuídos por todo o país. Considerando que o Brasil possui 180 milhões de habitantes, justifica-se o estudo no qual esse projeto se propõe sobre a estética na televisão. Veremos quais as influencias dela na vida de seus telespectadores e de que maneira ela faz isso.
Mas, enquanto uns exaltavam a miscigenação, as mídias enfatizavam como modelo estético predileto para representação de beleza o segmento racial branco. Não será a televisão uma propagadora de preconceitos raciais; E a questão dos transtornos alimentares? Muitas adolescentes sonham em ter seus corpos esculturais assim como os das mulheres que aparecem na telinha. Por conta disso, muitas, achando que estão gordas; ficam sem comer, se tornando anorexias e outras, após comerem, provocam o vômito, para se “livrarem” das calorias que ingeriram. É a famosa bulimia. A nossa “caixa preta”, que ao chegar ao País era colocada no centro de nossas salas, pode ser tão prejudicial; Tem um poder excessivo, que mobiliza pessoas a se transformarem em um “mito”, chamado por muitos de padrão de beleza".
Roberta Marassi